Novas mudas de pau-brasil doadas pelo HMIJS e UESC, já chegaram a 19 municípios

Desde a retomada, há 15 dias, do projeto ambiental de distribuição de mudas de pau-brasil - em parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) -, a equipe do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, entregou 104 unidades para puérperas que já receberam alta médica. Elas representam 19 municípios das regiões sul e sudoeste da Bahia. A proposta do hospital é que a cada criança nascida na unidade, ela receba uma muda do pau-brasil com o objetivo de ser plantada no bairro onde reside, numa área rural ou no quintal da própria casa.  A campanha traz, em sua essência, a representatividade da vida, da resistência e em defesa do meio ambiente.

Construído pelo governo do estado e administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS), o Hospital Materno-Infantil também incentiva outras campanhas ambientais. Com a Cooperativa de Catadores Consciência Limpa (Coolimpa), o hospital assinou um termo de cooperação e parceria visando o desenvolvimento de um programa de coleta seletiva para fins de reciclagem dos resíduos sólidos produzidos na unidade. A iniciativa dá uma destinação sustentável a materiais plásticos e papelões descartados diariamente na unidade hospitalar.

Ambientes mais agradáveis

Já em parceria com a iniciativa privada, o hospital ganhou mudas e plantas, cujas variedades destacam a potencialidade e a riqueza da restinga da Mata Atlântica brasileira. As espécies foram plantadas na área de lazer geralmente ocupada por pais e crianças internadas na unidade. São pau-brasil, Pintangueiras e Ixoras. As escolhas obedeceram a um critério técnico: o local é um ambiente de muito sol, pré-requisito para estas espécies florescerem bem durante o ano inteiro. A proposta é ir, aos poucos, florescendo um grande jardim, acolhedor, com bancos, um espaço que possa ser rico em diversidade e confortável durante o seu uso.

Origem

O pau-brasil chegou a entrar em processo de extinção com a exploração dos portugueses no início da colonização do Brasil. Ainda hoje, de forma ilegal, a madeira é exportada para a Europa. No Velho Continente é muito cobiçada e utilizada na fabricação do arco de violino. Mas já fora utilizada pelos índios para a pintura dos seus corpos. Pode atingir de 5 a 20 metros de altura. Possui flores amarelas com o centro vermelho com a presença de espinhos nos caules mais jovens.  A palavra Brasil significa “vermelho como brasa”, de onde derivou o nome do país.